Merci, Paris

Depois de muitos bonjours, mercis, excusez-moi, entre outros, deixamos Paris. A cidade mais romântica da nossa viagem vai deixar saudades. Seriam necessárias várias viagens, ou talvez uma vida, para conseguir observar todas as atracoes e os detalhes da Cidade Luz.

Bem antes de viajarmos, sempre escutei que a capital francesa era intitulada Cidade Luz. Achava que era por ela ser muito iluminada. Entretanto, antes de viajar fui ler um pouco para me inteirar sobre o local. A partir dai, deixei de ter certeza do porquê do epíteto Cidade Luz. Passei a ver que Paris tem, em seu passado recente, épocas memoráveis de producao de saberes, que poucas civilizacoes podem se orgulhar. Por isso, fiquei com dúvidas se o apelido nao se deve ao fato dessa cidade possuir um conteúdo cultural capaz de lancar tanta luz sobre o nosso aprendizado.

No final do século XVIII, Paris viveu uma época de ouro com uma concentracao de artistas que revolucionaram a nossa cultura. Nessa uniao de artistas tinhamos Émile Zola, Victor Hugo, Edgar Degas, Claude Monet, Renoir, Cartier-Bresson, Edith-Piaf, Vincent van Gogh, Pablo Picasso, Ernest Hemingway, Oscar Wild, Manet, Cézanne, Rodin, Matisse, entre outros.

Quando nós visitamos Paris e vamos a cada museu, parece que as obras de arte nao terminam, pois a producao desses artistas, além de enormes, nos prende a todo tempo, pois serviram para mudar os paradigmas da nossa civilizacao.

Algo que ilustra bem essa diversidade de talentos é o mais recente filme do Woldy Allen, que é um cineasta que gosta de retratar o cotidiano das pessoas, além de ser um apaixonado por Paris - como se fosse possível nao ser. Intitulado Meia-noite em Paris, o filme brinca com a fantasia de um escritor que consegue, milagrosamente, retornar a essa bela época parisiense. Em cerca de 90 minutos de filme, podemos ver a pintura, a música e a literatura vivendo juntos, pois, se você nao sabe, a grande maioria deles se conheciam e se influenciavam mutuamente.

É assim que nos despedimos da Cidade Luz, com saudade e um gostinho de quero mais. Quem sabe com uma Paris com menos pobreza, com uma seguranca maior pelas ruas e com estacoes de metrô mais bem tratadas, pois o mau cheiro impera na maioria delas.

Merci