terça-feira, 9 de agosto de 2011

De volta ao Terceiro Mundo

Estar na Turquia se parece um pouco com a vida no Brasil. Nada é muito organizado, tudo é muito barulhento, as pessoas são simpáticas, os comerciantes exploram o turista, caos no trânsito, sinalização precária. Enfim, tudo o que um típico país em desenvolvimento precisa ter para ser classificado como tal. Ah, e tem o calor! Por que país pobre sem calor, não dá, né?

Istambul é uma cidade que mistura influências árabes e européias em cada esquina. Os típicos físicos demonstram isso: as pessoas são mais claras, mas com cabelos escuros e traços fortes. Ramonzinho já foi confundido com turco várias vezes...rs

È uma cidade de cores e sabores. Um verdadeiro choque quando consideramos que a nossa última estadia foi na Alemanha, a terra da austeridade. No voo da Turkish Airlines para Istambul, as diferenças já eram nítidas, pois no avião toca uma música árabe (daquelas de dança do ventre), todo mundo fala e ri alto e as poltronas são verde-água quase fluorescente.

Como não havia nenhum passeio programado com a agência de turismo, fomos bater perna pela cidade, disputando espaço com os carros e os comerciantes nas ruas. Ou as calçadas são super estreitas ou são invadidas pelas mercadorias dos turcos. Sabe aquela história de que todo turco tem uma lojinha? Pura verdade. Devem existir mil vendedores para cada turista.

Passamos a manhã no Grande Bazar, um complexo com milhares de lojas construídos em 1453. Lá turista é pescado com rede. Dá mole pra você ver. Aliás, no final nós já estávamos fugindo dos vendedores, pois eles além de ficarem o tempo todo te oferecendo produtos, ainda têm a cultura da pechincha. Então, quando você diz que não, eles interpretam que você está fingindo de desinteressado para negociar o preço e continuam no teu pé, oferecendo a mercadoria por preços menores. Teve até um que depois de nos dar uma informação sobre onde ficava uma mesquita, tentou nos vender um tapete.


As ruazinhas parecem um labirinto e é difícil nos localizarmos no mapa. O Ramon,que já veio com GPS acoplado de série, tem se virado bem, mas aqui em Istambul as coisas ficaram complicadas. Ai, temos de pedir informação e torcer para o idioma da Rainha ajudar. Por conta de toda essa dificuldade e do calor infernal, depois da visita à Mesquita Süleymaniye, voltamos para o hotel cedo, onde o ar condicionado é nosso melhor amigo.


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