quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dois tatus em uma corrida de aventura

Acordamos ontem às 4h30 da manhã para podermos chegar ao aeroporto de Orly a tempo de pegarmos o vôo para Berlim às 8h45. Como a estação de metrô só abre às 5h30 e tínhamos de estar no aeroporto com duas horas de antecedência, já sabíamos que seria apertado, pois o trajeto era longo. Só não sabíamos que seria uma verdadeira caça ao tesouro.

Como já disse, em outro post, os franceses são péssimos em fornecer informações. Eles fragmentam a informação e vão fornecendo pouco a pouco. É como se eles dissessem: por enquanto, você só precisa saber isso. Mais para frente, te conto o restante. Na minha aula de francês, lembro da professora comentar que eles gostam de jogos de pistas, só não imaginava que até quem não está no jogo tem de entrar na brincadeira.

Enquanto a gente ficava controlando os ponteiros do relógio para que eles corressem mais devagar, íamos tentando adivinhar qual seria a próxima baldeação a fazer, pois a informação nunca estava completa. Havia três pontinhos nos mapas do metrô justamente no local onde deveríamos pegar o trem para o aeroporto. Após um percurso de uma hora e meia, deu tudo certo, mas o nosso trajeto foi o seguinte:

Saímos da primeira estação da linha 3 e, após 6 estações, descemos para pegar a linha 5. Na linha 5, fomos até o final (mais 9 estações). De lá, pegamos a linha 6 e passamos por mais 4 estações. Foi então que pegamos o trem que levava para os três pontinhos. Chegando lá, descobrimos que os pontinhos significam que era preciso pegar mais um trem até o aeroporto.

Tudo isso sem ter dormido direito, sem café da manhã e tendo de carregar duas mochilas e duas malas pesadas pelas centenas de escadas que há entre uma baldeação e outra. Os franceses não são magros apenas porque comem pouco, mas também porque praticamente não há elevadores ou escadas rolantes, apenas degrauzinhos infinitos. Aja joelho!

Da próxima vez, vamos economizar no vinho para sobrar dinheiro para o táxi!

Um comentário:

Rafa Leite disse...

Amiga, falando em joelho, como está o seu, hein?