E deixamos a Alemanha. Foram 4 dias de muitas informações e de um certo conflito de sensações. Por um lado, vivenciamos a segurança, o clima tranqüilo e gostoso nas ruas e, por outro lado, nos emocionamos com o registro histórico das atrocidades do nazismo.
Pudemos visitar museus de história surpreendentes e, no meu caso que gosto de história, termos enchido os nossos cérebros com o passado desse povo peculiar que é o alemão.
Vimos a loucura que foi o país enfrentar duas guerras em menos de 20 anos como protagonista e perder as duas. Talvez as terras alemãs sejam as mais manchadas de sangue de toda a Europa.
Tivemos a experiência de entrarmos no que restou do mais importante campo de concentração que existiu em território alemão e vermos alojamentos, paredão de fuzilamento e os restos da câmera de gás e do crematório. Sentimos embrulho no estômago por tantas barbaridades.
Mas, ao mesmo tempo, podemos ver que o passado é sempre lembrado para que não se repita. Assim, o povo alemão vive novos tempos. A cidade de Berlim, palco do início e do final da Segunda Guerra, encontra-se em reformas para ficar ainda mais bonita. Reunificada, é um exemplo de cidade.
Eu falo pra Vania que um povo que, desde 1750, discute o fundamento das proibições, se elas decorrem de uma questão moral ou legal, é um povo diferente. Nós brasileiros, muitas vezes, ainda nem chegamos à fase de respeitarmos a proibição, para depois podermos discutir seus motivos.
Berlim não é uma cidade para muitos flashes, é para ser vivida. A sensação de segurança é muito maior que em outros locais da Europa, o povo é educado e receptivo, além de muito organizado.
Enfim, uma cidade que deixa saudades e uma vontade de vivê-la no cotidiano.
Um comentário:
Vaninha e Ramon,
Parece que a passagem pela Alemanha foi bem pesada pelas lembranças de tudo que aconteceu por lá. Acho difícil ver estas coisas.
Como estão na Turquia? Peço-lhes que me enviem o telefone da Rita, pois pretendo ligar para ela.
Beijos,
Mâezinha
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