terça-feira, 9 de agosto de 2011

Estreito de Bósforo


O relevo da cidade de Istambul é bem singular, pois a cidade é cortada pelo Estreito de Bósforo, um canal que une o Mar Negro ao Mar de Marmara e divide a cidade em um lado ocidental e outro oriental. Rota de grandes navios cargueiros, a cidade até hoje mantém grande importância para o transporte de mercadorias, principalmente petróleo.

Saímos hoje cedo do hotel para fazermos o passeio pelo famoso Estreito. Sob as coordenadas de um simpático guia mulçumano e em companhia de uma família vindo diretamente de Macau (lembra da colonização portuguesa na China? Hoje descobrimos que Macau realmente existe e que os chineses de lá ainda falam um pouco de Português) começamos a nossa aventura com uma visita à mesquita Rustem Pasha, construída em 1560.

O charme dessa pequena mesquita está nas centenas de azulejos azuis (Iznik) que adornam as suas paredes. Se olharmos com calma, percebemos que os desenhos nos azulejos vão mudando ao longo da mesquita, sem muita ordem, e o guia nos informa que eles foram produzidos por diferentes artesãos que os doaram para a construção do prédio. Assim, cada um fez o desenho que achou melhor e as paredes se tornam ainda mais surpreendentes e ricas de detalhes.


As colunas que sustentam a mesquita também não são uniformes. Há uma de mármore verde, outra de outro material... Descobrimos então que essas colunas foram extraídas de antigos templos pagãos e reaproveitadas na construção da mesquita. Nada se cria, de tudo se apropria...

Seguimos então para o Bazar das Especiarias, uma versão reduzida do Grande Bazar, que também vende de tudo, mas em especial especiarias como temperos, condimentos e chás de todos os tipos. Bonito de se ver, mas tem o mesmo problema do outro Bazar: centenas de vendedores sem noção.


Finalmente, partimos de barco pelo Bósforo e ficamos hipnotizados pela beleza das águas e das construções litorâneas. Com o tráfico de embarcações controlado (os grandes navios só podem passar um de cada vez) e um lindo céu azul, era difícil prestar atenção no que o guia falava, pois a nossa alma já havia sido seduzida pelos encantos daquele canal que se parece com um rio.




Almoçamos depois em um dos pontos mais altos da cidade (Camlica), com uma vista privilegiada da parte ocidental e do magnífico Estreito, e seguimos para o antigo palácio de Dolmabahce, que fica na parte oriental de Istambul e merece um post só para ele.


Um comentário:

Rafa Leite disse...

Nossa, que passeio maravilhoso. As fotos retratam bem a maravilha do local!!!

E vocês estão com a cor brasileira, hein??? Bronzeadíssimos!!!!!!!!!

Estão lindos! beijos