quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Chegamos

Após 37 dias de viagem e com o peito cheio de saudades, finalmente chegamos ao nosso querido Brasil. Agradecemos a todos que contribuíram para que essa maravilhosa viagem se tornasse realidade e aos nossos queridos leitores do blog. Para encerrar, ai vão os nossos números:

- visitamos 9 cidade em 6 países e 2 continentes;

- estivemos em contato com 7 idiomas, além do Português e das salvadoras mímicas;

- foram 13 decolagens e mais uma viagem de trem e uma de ônibus;

- nos hospedamos em 11 hotéis diferentes;

- e tiramos 2.983 fotos.

Enfim, uma viagem grandiosa que estará para sempre em nosso coração e em nossas lembranças!

Obrigado

Beijos e abraços,

Vania e Ramon
 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tchau, Roma

Deixamos Roma nesta tarde. Estamos rumo a Lisboa e depois ao Brasil.

Guardamos lembranças saborosas da culinária italiana, muito gostosa e pouco saudável (pelo menos no nosso caso). O calor atrapalhou um pouco o nosso passeio. Andar com um sol a 35 graus na cabeça é um pouco difícil.

As atrações foram legais e algumas são muito bonitas. Valeram a ida e as filas. Roma está cheia.

Bem, foi só isso. O dia de hoje foi só de deslocamento para Portugal. Amanhã chegaremos a noite. Estamos com bastante saudade.

Inté.


Plaquinhas

Com o decorrer da viagem, pudemos observar algumas plaquinhas que chamaram muito a nossa atenção e como bons turistas que somos, as clicamos.

Abaixo, uma placa da cidade de Paris. Até agora não sabemos o que ela quer dizer. Vocês podem ver que abaixo existem alguns pontos de interrogação. Mais alguém não entendeu. Você sabe o que é?

A placa seguinte encontramos no momento de maior fome na Alemanha, em frente a um restaurante. Você se arriscaria a pedir algum prato?

Essa belezinha ficava em alguns sinais de trânsito. O símbolo parece indicar alguma coisa radioativa, não? A Vania procurou um botão para apertar, mas não encontrou. Outro dia eu achei. Você sabe o que significa?

Outra preciosidade foi esta turca. Os turcos não são nenhuma sumidade em organização, tal como os ingleses ou os alemães, mas, precisava se esmerar tanto na bagunça? Esse era o painel do elevador do hotel, que só tinha 8 andares. Você acredita?

Essa daqui é um caso a se pensar. Primeiro vou traduzir do alemão. Montag é segunda, freitag é sexta. Sábado é samstag. Agora me explica: Porque o dono do mercadinho em que fazíamos as compras especificou o horário de segunda a sexta e um outro para o sábado se os dois horários de funcionamento são os mesmos?

Pra encerrar, mesmo sabendo que o post é sobre placas, eu não vou resistir a perguntar. O que a galinha comeu para botar uns ovos aí de baixo?

domingo, 21 de agosto de 2011

Apanhado geral

Como eu já disse, o calor tá demais! Média de 34 graus, com picos de 37. Cheguei à conclusão de que turista é um ser perseverante, pois bota na cabeça que quer ver um tal de um monumento e teima! Sai debaixo do sol quente, cozinhando os miolos, e só sossega quando tira uma foto do bendito.

Nesses últimos dias, nós teimamos bastante e passamos pelas principais atrações turísticas de Roma. Ai vai um apanhado geral das últimas 48 horas:

Fontana de Trevi: a obra de 1762 ficou mundialmente conhecida por meio do filme La Doce Vita de Fellini, no qual a atriz Anita Ekberg entra na fonte e convida o ator Marcello Mastroianni a fazer o mesmo. Com o calor que faz por aqui, dá para entender muito bem o assanhamento da moça. É a mais bela fonte de Roma.
Templo de Adriano: as ruínas desse templo, construído em homenagem ao imperador Adriano em 157 d.C., foram incorporadas a um novo edifício, no século XVII, onde atualmente funciona a Bolsa de Valores de Roma. É uma das ruínas mais preservadas e muito imponente.

Pantheon: a construção na qual se reverenciava todos os deuses foi transformada em igreja na Idade Média. O tal do Adriano homenageado com o templo, além de imperador, também era arquiteto e projetou o surpreendente Pantheon. Parte de sua ornamentação foi extraída para decorar outros edifícios ao longo dos séculos, mas ele ainda preserva a sua beleza.

Piazza Navona: no ponto central desta praça, que é a mais famosa de Roma, está a Fontana dei Quattro Fiumi, uma homenagem do escultor Bernini aos 4 principais rios conhecidos na época: Nilo, Danúbio, Prata, Ganges.


Museus Capitolinos e Piazza del Campidoglio: essa praça foi projetada por Michelangelo, mas só ficou pronta no século XVII. Não nos animamos a visitar os museus e ficamos de bobeira na primeira sombra que achamos por ali, criando coragem para seguir em frente.


Moisés de Michelângelo: o projeto inicial previa um monumento com 40 estátuas, mas Michelângelo foi interrompido várias vezes durante a execução da obra (uma das principais interrupções se deve à pintura do Juízo Final da Capela Sistina) e ela acabou se reduzindo a um nicho para 6 estátuas, concluído por discípulos do artista. Ainda bem que deu tempo de Michelângelo concluir o famoso Moisés, que se destaca entre as demais esculturas pela perfeição de seus traços.

Castelo de Sant`Angelo: esta construção de 139 d.C. assumiu várias funções ao longo da história: cidade medieval, prisão, residência de papas. O prédio em si é muito interessante, mas as exposições são muito fracas.

Bocca della Veritá: dizia a tradição medieval que as mandíbulas desse bicho feio se fechariam sobre a mão daqueles que mentissem. Diz a lenda que era usada para testar a fidelidade das esposas. Eu e o Ramon passamos no teste sem nenhum arranhão! ;)



Circo Massimo: antigamente era um estádio para competições esportivas, principalmente corridas de cavalo e de bigas (lembra do filme Bem-Hur?), mas atualmente é apenas um grande terreno gramado, muito parecido com a grama da Esplanada. Ainda bem que não cobram ingresso pra ver.

Tudo isso movidos a pizza, espaguete, coca-cola e sorvete. Ontem eu me lembrei da recomendação dos nutricionistas de que nos dias quentes, devem-se comer alimentos leves, como frutas e saladas. Ah, tá! Vamos nos empanturrar de alface na terra das cantinas? Tá doido!

Vaticano

Reservamos um dia da nossa viagem para a visita ao Vaticano. Lá chegando, no meio do povaréu, fiquei pensando naquela cena do filme Tropa de Elite, na qual os alunos do Bope assistem a uma aula sobre a palavra estratégia nos mais diversos idiomas. Imaginei essa cena com a palavra organização. Seria difícil falá-la em italiano, pois quase não conseguimos encontrar isso por aqui.

Talvez isso tenha sido um erro no planejamento da viagem. Começamos pelos países que são um primor de organização (Inglaterra e Alemanha) e depois viemos para a Itália. Bem, eu me acostumo com o que é bom. E depois de ver tudo organizadinho, ter que enfrentar empurra, empurra é dose. Ainda mais temperado com um solzinho que chegou aos 35 graus no dia de hoje.


Começamos a visita pela Basílica de São Pedro, onde pudemos observar o esplendor da Igreja Católica, por meio de monumentos que contam boa parte de sua história. Posso confessar que esperava mais uma construção com mais cara de igreja, o que acabei por não achar.

Saímos e fomos para o museu do Vaticano. Ao chegarmos, sofremos novamente com a falta de informação. Por incrível que possa parecer, eles não fornecem um mapa do museu. Soubemos disso quando três casais, ao mesmo tempo, procuravam pelo tal mapa (que apenas era disponibilizado para quem pagasse a módica quantia de 7 euros pelo audioguide – que não tinha em português).

De bom pudemos ver a beleza do acervo e a impressionante Capela Sistina. Ficamos um bom tempo nesse que é um dos locais mais importantes da Igreja Católica. A beleza dos seus afrescos chama a atenção pela riqueza de detalhes. Como é lá que os Cardeais votam para escolher o novo Papa, entendi o porquê se demora tanto nessa votação: eles ficam é admirando a beleza das pinturas.

sábado, 20 de agosto de 2011

Império Romano

Em Roma, estamos tendo que nos adaptar à bagunça italiana. Sabemos quais os pontos que queremos ir, só que não adianta planejar muito, pois a cidade, que já não possui um transporte público de qualidade, está um verdadeiro caos, pois metade das linhas de metro estão fechadas para reforma.

Com esse cenário não muito animador, escolhemos por começar nosso passeio na ponta do bairro Esquilino e descer até o final do Fórum Romano à pé. Assim, iniciamos o nosso passeio pela igreja Santa Maria Maggiore. Ela é umas das mais antigas de Roma (século V) que ainda estão em atividade e apresenta belas decorações e uma riqueza nos seus ornamentos.

Depois seguimos buscando lugares para vermos, mas confesso que está difícil. Roma possui poucas placas de indicação. Nome de rua? É luxo. Quando achamos a rua, o local está fechado. Eles gostam de fechar de 12h às 16h, ou seja, não voltamos mais.

Paramos para almoçar e degustamos uma bela pizza encerrando com um delicioso gelato (te garanto que estávamos precisando depois da temporada na Turquia). Em seguida, chegamos ao Fórum. Aqui podemos ver a opulência do tão famoso Império Romano.



É uma pena termos tantas ruínas e poucas coisas inteiras, pois os edifícios eram lindos. Destacam-se os arcos de Sétimo Severo, de Tito e de Constantino. Podemos dizer que a parte baixa do Fórum é o maior conjunto de ruínas que visitamos na nossa viagem. Praticamente não conseguimos ir a todas. Mas o que nos prejudicou muito foi o calor. Chegando a 34 graus e sol forte na cabeça (estávamos às 15h), suávamos por todos os lados. Quando achei uma fonte de água, quase tomei um banho.
Encerramos a nossa visita no inesquecível, fabuloso, magistral (ele merece), Coliseu. Mesmo tendo visto as principais construções dos grandes impérios do mundo (bizantinos, otomanos, romanos, francos, saxões e germânicos), somos obrigados a afirmar que o Coliseu é uma obra diferenciada.




O que resta hoje é apenas uma parte do que foi o centro dos jogos de luta e de caçadas a animais do Circo romano. Segundo os historiadores a capacidade do Coliseu gira em torno de 55.000 a 65.000 pessoas. Saí extasiado com a exuberância da construção, o que compensou o calor e a desorganização do transporte público.

Desinformação


O calorzinho amigo que tem feito aqui em Roma nos tem impedido de postar. Já faz 3 dias que estamos aqui, mas à noite a preguiça impera. Faz calor e muito. O sol está escaldante e ar condicionado é um artigo de luxo por aqui. Estou suando por lugares nunca antes imaginados...

Além de calor, estamos sofrendo de falta de informação crônica. E agora os sintomas se agravaram. Não é possível conseguir informações em Roma (deve ter alguma lei que regulamenta o assunto) e soma-se a isso a natural desorganização (bagunça) italiana. Como tenho descendência italiana, me sinto à vontade para dizer que, por aqui, tudo é uma zona.

Chegamos à Roma na quarta à noite e já sabíamos que havia um ônibus que levava do aeroporto de Fiumicino até a estação Termini, pois o aeroporto é longe pra dedéu. Beleza. Pegamos o ônibus e chegamos à estação. Compramos o bilhete do metrô e começamos a nossa via cruzis de sempre, descendo e subindo escadas com 50 quilos de malas. Quando chegamos no local de embarque, descobrimos que o metrô não estava funcionando na direção que iríamos e que teríamos de voltar pelas mesmas escadas para pegar um ônibus. Adoramos.

O problema é que saem 3 mil ônibus da Termini e ninguém nos dizia qual era o ônibus que deveríamos pegar.  Até que deduzimos que MA2 deveria significar Metrô, linha A, direção 2. Parece óbvio, não? Mas cansados, à noite, em uma cidade estranha, com duas malas pesadas e em um ambiente não muito familiar, a ficha demorou a cair. Após uns 15 minutos de aflição, descobrimos qual ônibus pegar e, como já estamos com prática em subir correndo em transportes públicos, conseguirmos um lugar no busão lotado.

O problema é que não havia nenhuma indicação de onde deveríamos descer e o motorista gente boa fica atrás de um vidro blindado com um fone de ouvido simpático. Resultado: o ônibus lotado, a gente com as malas e sem ideia de onde descer. A sorte é que os nossos anjos da guarda estão trabalhando bem e, depois de uns 20 minutos, um casal francês nos perguntou se iríamos descer na Numidio Quadrato. Sim, sim!!!! Eles ouviram a gente perguntar ao motorista surdo e disseram que iriam descer no mesmo local. Nessa hora, gostaria muito de não entender francês, pois ouvi eles discutindo sobre onde era o ponto, se na rua tal ou na outra. Ai, meus sais! Se entendam, por favor!

Depois de mais alguns anjinhos e um pouco de sufoco, chegamos ao hotel após quase 3 horas de jornada. Ah, esqueci de contar que a mala do Ramon escangalhou no voo pra cá e estava super boa de arrastar pelas escadas e ruas de Roma. Delícia!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Bye, Turquia

Fomos embora das terras turcas. Deixamos pra trás lembranças maravilhosas em nossas mentes. Alguns momentos de aperto, outros de conforto, mas, acima de tudo, um período de muito amor e felicidade.

Sabíamos que íamos ter algumas dificuldades, pois estávamos indo para um país de terceiro mundo, tal qual o nosso, e que isso implica em falta de informações, transporte público ruim e, acima de tudo, íamos viajar pelo país, o que não fizemos em nenhum outro local.

A cada momento, nos surpreendíamos com as paisagens e toda a história da Turquia. Em cada região tivemos uma visão diferente. Em Istambul a megalópole com mais de doze milhões de pessoas e o contato com a religião do Islã. Em Canakkale a proximidade com a Primeira Guerra mundial e o litoral Egeu. Na sequência para Kusadasi vimos as principais civilizações antigas e uma cidade muito agradável. Em seguida fomos a Pamukkale e pudemos nos encantar com as montanhas brancas como algodão. Na Capadócia, nos surpreendemos com o relevo mágico e o inesquecível passeio de balão.

Do povo levamos a lembrança da alegria e de comerciantes que não desistem do negócio. A comida é melhor não comentarmos: fizemos dieta obrigatória. A agência, aquela que contratamos pela internet, organizou bem a nossa viagem. Voltamos com sugestões de melhorias, mas satisfeitos.

Ao final, saímos muito contentes com a escolha em viaja pela Turquia, que vem sedo o grande sucesso no meio turístico. Por lá, vimos mais europeus do que em qualquer outro lugar (principalmente italianos e franceses). Assim, recomendamos a todos a aventura pelas terras turcas.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Vida nas cavernas

Após o maravilhoso e tão aguardado passeio de balão, retornamos ao hotel para descansarmos um pouco. Afinal, tivemos de sair às 4h45 da manhã (quase perdemos o passeio, pois o despertador não tocou e acordamos no maior susto, faltando 7 minutos para a van passar para nos buscar!) e ainda teríamos um dia inteiro de passeio pela frente.

Ontem fomos ver alguns exemplos de formações rochosas e de casas e monastérios construídos nas rochas. Conforme já falamos em outro post, essas rochas são formadas por cinzas vulcânicas e são fáceis de perfurar. Dessa forma, são utilizadas há milhares de anos para abrigar pessoas e animais na região. Aliás, até hoje as casas são muito utilizadas nos vilarejos da Capadócia, especialmente na cidade de Göreme.


Os monastérios que visitamos datam do século V d.C., período bizantino. Na época, os monges pintavam as paredes de pedra com terracota e eram proibidos de fazer imagens humanas ou de animais. Posteriormente, a iconoplastia foi novamente permitida e as antigas pinturas foram cobertas por afrescos belíssimos nos séculos X e XI d.C. Muitos ainda estão preservados e revelam o contraste da beleza da arte com a austeridade na vida das cavernas.