quarta-feira, 27 de julho de 2011

Arte e história

Vida de turista definitivamente não é fácil. Temos de acordar cedo para vermos o máximo de atrações possíveis, andamos o dia todo, vivemos igual tatus, fazendo 30 mil baldeações pelos túneis do metrô, nos perdemos e nos achamos, deciframos mapas, experimentamos comidas exóticas, nos comunicamos por mímica, vivemos como camelos (caminhando vários quilômetros à base de poucas gotas de água e com uma mochila cheia de coisas quase inúteis nas costas). Enfim, um sacrifício só! Ai, depois de um dia todo de tortura (rs), não sobra energia nenhuma para escrevermos, apenas bolhas e músculos doloridos. Ou seja, o conteúdo do blog está atrasado. Então, vamos fazer um resumo do que vimos nos últimos dias:

Tate Modern: às margens do Tâmisa, a arquitetura desse museu lembra um navio. Trata-se da versão mais contemporânea do Tate Britain. Há obras muito boas e há coisas muito feias ou bobas. Destaque para Picasso e Pollock, que sempre emocionam. Está rolando também uma exposição temporária do Miró, mas em três horas pelo Tate Modern, mal conseguimos ver a exposição permanente e saímos de la quando já estava fechando (aliás, isso está se tornando um hábito).











Catedral de Saint Paul: uma igreja lindíssima, com mais de 1500 anos de história. Sua primeira versão surgiu em 604 d.C. e já passou por ampliações, reinados e incêndios. O projeto arquitetônico de sua cúpula (a segunda maior da Europa) é muito interessante e simbólico: atinge a altura exata de 365 pés, representando o número de dias do ano. O Ramon se aventurou a subir os mais de 500 degraus que dão acesso ao topo da igreja, com direito a uma visão privilegiada da cidade. Euzinha fiquei sentadinha prestando atenção à missa, que é tão parecida com o ritual católico que é quase impossível identificar que se trata de uma igreja anglicana.




Russel Square: após a subida dos 500 degraus, o Ramon chegou animadíssimo para dar uma volta nas redondezas próximas ao hotel e foi parar na Russel Square. Euzinha me recolhi humildemente ao quarto de hotel para recuperar a minha beleza. Estou com a leve desconfiança de que eles dão uns folhas de coca para quem se aventura a subir os benditos degraus e até a hora de voltarmos para casa, Ramozinho devia estar, ainda, sob os efeitos da planta.

Abadia de Westminster: no primeiro dia que passamos por lá, era domingo e a Abadia estava fechada para visitações. Com a popularidade que o casamento do príncipe atingiu, havia uma fila enorme para visitar a Abadia. Mas já observamos que as filas por aqui andam rápido. O preço dos ingressos é que são assustadores. Boa parte dos museus tem entrada gratuita, mas quando resolvem cobrar ingressos, é uma facada. Resumindo a visita à Abadia: o projeto original, de 1050, era muito bonito, mas depois foi um tal de enterrarem gente na igreja nesses últimos mil anos, que ficou meio esculhambado (de destaque tem a maior parte dos reis e rainhas ingleses, Jane Austen, Charles Darwin, Charles Dickens, Issac Newton, Laurence Oliver entre outros). Na Chapter House havia algumas fotos do casamento em exposição e a minha impressão de que o novo casal realmente se ama, se confirmou.


London Eye: essa charmosa roda gigante de 135 metros de altura agrada até quem tem medo de altura. A estrutura é super firme e não dá quase para perceber o movimento das cápsulas de vidro, que permanecem em constante movimento enquanto as pessoas embarcam e desembarcam. A vista é maravilhosa e o passeio vale a pena.


Palácio de Buckingham: construção austera, que por fora não denuncia a riqueza e o tradicionalismo da família real. Durante o verão, algumas partes do palácio são abertas à visitação para a rainha poder fazer uma vaquinha e pagar a estadia em Windsor. São milhares de turistas a um preço mordico de 17,50 libras por pessoa. Diante do preço e da fila, tiramos umas fotos dos quebra-nozes e partimos em direção à National Gallery.







National Gallery: um desbunde! Só saímos de lá porque ia fechar. São obras e mais obras de artistas maravilhosos: Degas, Renoir, Van Gogh, Raphael, Rubens, Monet, Caravaggio, Velásquez, Rembrandt e tantos outros. Sugiro levar umas folhinhas daquelas da St. Paul para dar conta de visitar toda a exposição. É enorme! 


Um comentário:

Rafa Leite disse...

Ramon, você está de parabéns!!!!!!!!! Isso mesmo, coloca essa energia pra fora! Mostra pra Vaninha o grande homem com quem ela casou!!!!!!!!heheheh